sábado, 5 de janeiro de 2008

Rede de Leitura Pública

A Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP) é um projecto que teve início em 1987. Até então, eram raras as bibliotecas públicas que existiam, como tal, e não correspondiam aos interesses e necessidades de leitura e informação do público.

O programa foi promovido pelo Ministério da Cultura, através da Direcção de Serviços de Bibliotecas do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB). O IPLB pretende garantir o acesso do livro ao cidadão enquanto meio privilegiado da difusão da língua e da cultura, assumindo diferentes formas de intervenção globais e específicas, como a de apoiar a modernização das bibliotecas da RNBP e de contribuir para que estas desempenhem um papel importante na Sociedade de Informação, combatendo desigualdades sociais e dinamizando a criação de novos serviços.

Hoje, a RNBP tem como principais objectivos:
· criar e desenvolver bibliotecas públicas modernas, em cada um dos concelhos do continente, através de apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura, contribuindo para assegurar a igualdade de acesso à informação e ao conhecimento;
· estimular o gosto pela leitura e conhecimento do mundo em que vivemos;
· desenvolver actividades de animação cultural, promovendo a inclusão social e cidadania;
· dar acesso a fontes de informação externas.

A RNBP baseia-se em parcerias com as Autarquias locais promovendo a criação de modernas bibliotecas públicas.
As bibliotecas que constituem a Rede são dimensionadas em função do número de habitantes de cada concelho, estabelecendo as áreas mínimas a afectar às diferentes necessidades, o número de documentos exigidos e sua actualização e o quadro de pessoal tecnicamente habilitado. Assim, foram definidos três programas tipos:


(BM 1) nos concelhos até 20.000 habitantes, sendo a sua área de 752 m2
(BM 2) nos concelhos de 20.000 a 50.000 habitantes, sendo a sua área de 1345 m2
(BM 3) nos concelhos mais de 50.000 habitantes, sendo a sua área de 1900 m2

É de notar, que é essencial que a biblioteca tenha uma localização central e acessível, bem integrada na rede urbana e que seja um “local” de referência.

No site oficial do IPLB, a DGLB concede apoio técnico e financeiro, num montante até 50% do respectivo valor, à criação de bibliotecas públicas em todos os concelhos do país. Dos 308 concelhos existentes, em Portugal, 261 integram a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Destes, 158 abriram já ao público (Novembro de 2007) - as suas Bibliotecas Municipais e as restantes 103 Bibliotecas encontram-se em diferentes fases de instalação[1], por isso a grandeza da rede já ultrapassou os 50% do municípios do território português.

As bibliotecas dispõem de diversas áreas diferenciadas de utilização pública e de livre acesso para leitura, audição e visualização. Estas secções espelham e acompanham as correntes actuais de interesse, não só no campo da Literatura mas também na área da Ciência, Arte e investigação; proporcionam um espaço polivalente (de animação, exposições, entre outras actividades) e contribuem para a auto-formação e ocupação de tempos livres.

A crescente importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) nas bibliotecas, quer como ferramentas para diminuir o esforço e melhorar a qualidade dos serviços prestados, quer como meios de comunicação e acesso a recursos de informação.

A informatização das bibliotecas da RNBP é objecto de um Projecto Informático (PI), de acordo com recomendações do IPLB. Para o IPLB, as áreas prioritárias de aplicação das TIC às bibliotecas são:
· automização das funções biblioteconómicas tradicionais (catalogação; consulta do catálogo; circulação e empréstimo; estatística; e gestão de publicações periódicas);
· acesso à Internet; e
· acesso em rede a informação em DVD/CD-ROM.
Posteriormente, a biblioteca deverá promover outros serviços específicos, tais como:
· disponibilização de conteúdos na Internet;
· auto-aprendizagem, aprendizagem ao longo da vida e aprendizagem à distância suportada por tecnologias de Videoconferência;
· desenvolvimento de serviços online dirigido a utilizadores remotos; e
· desenvolvimento de serviços dirigidos a utilizadores específicos.

Paralelamente, são desenvolvidos projectos informáticos que visam melhorar a qualidade de gestão, automatizar funções e proporcionar novos serviços aos utilizadores da Biblioteca, recorrendo a novas tecnologias.

[1] Fonte: http://www.iplb.pt/pls/diplb/!main_page?levelid=20

1 comentário:

Unknown disse...

Força continua assim, essa é a direcção certa.