quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Biblioteca Especializada

As bibliotecas actualmente conhecidas como especializadas começaram a surgir no início do século XX, acompanhando o desenvolvimento da fase industrial e em resposta ao avanço da área de ciência e tecnologia. No entanto, ocorreu um maior impulso a partir da Segunda Guerra Mundial.As bibliotecas especializadas têm características peculiares, principalmente em relação ao acervo. Este destaca-se, se comparado aos modelos de bibliotecas tradicionais (bibliotecas públicas e escolares), e mesmo às bibliotecas universitárias, por revelar um carácter mais selectivo e actual, com seus acervos mais diversificados em termos de áreas de conhecimento.As primeiras bibliotecas especializadas organizaram-se nas universidades que, desde cedo, se organizaram em departamentos especializados ou faculdades e, cada um destes iniciou a colecção de documentos relativos à sua área específica. Provavelmente, as primeiras bibliotecas especializadas surgiram na área da medicina, uma vez que, por exemplo a matemática se desenvolveu inicialmente ligada à filosofia, portanto com necessidade de informações de vários campos do saber.Definição:Trata-se de uma biblioteca tendencialmente dedicada a um assunto ou grupo de assuntos específicos. Segundo Ashworth (1967, p. 632) "A biblioteca especializada é uma biblioteca quase exclusivamente dedicada a publicações sobre um assunto ou sobre um grupo de assuntos em particular[1]”.
Para Cesarino (1978, p. 231), as bibliotecas especializadas são “unidades pertencentes a instituições governamentais, particulares ou associações formalmente organizadas com o objectivo de fornecer ao usuário a informação relevante de que ele necessita, em um campo específico ou assunto. Para atingir este objectivo são executadas as tarefas de selecção e aquisição, processamento técnico e disseminação da informação”[2].

sábado, 5 de janeiro de 2008

Rede de Leitura Pública

A Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP) é um projecto que teve início em 1987. Até então, eram raras as bibliotecas públicas que existiam, como tal, e não correspondiam aos interesses e necessidades de leitura e informação do público.

O programa foi promovido pelo Ministério da Cultura, através da Direcção de Serviços de Bibliotecas do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB). O IPLB pretende garantir o acesso do livro ao cidadão enquanto meio privilegiado da difusão da língua e da cultura, assumindo diferentes formas de intervenção globais e específicas, como a de apoiar a modernização das bibliotecas da RNBP e de contribuir para que estas desempenhem um papel importante na Sociedade de Informação, combatendo desigualdades sociais e dinamizando a criação de novos serviços.

Hoje, a RNBP tem como principais objectivos:
· criar e desenvolver bibliotecas públicas modernas, em cada um dos concelhos do continente, através de apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura, contribuindo para assegurar a igualdade de acesso à informação e ao conhecimento;
· estimular o gosto pela leitura e conhecimento do mundo em que vivemos;
· desenvolver actividades de animação cultural, promovendo a inclusão social e cidadania;
· dar acesso a fontes de informação externas.

A RNBP baseia-se em parcerias com as Autarquias locais promovendo a criação de modernas bibliotecas públicas.
As bibliotecas que constituem a Rede são dimensionadas em função do número de habitantes de cada concelho, estabelecendo as áreas mínimas a afectar às diferentes necessidades, o número de documentos exigidos e sua actualização e o quadro de pessoal tecnicamente habilitado. Assim, foram definidos três programas tipos:


(BM 1) nos concelhos até 20.000 habitantes, sendo a sua área de 752 m2
(BM 2) nos concelhos de 20.000 a 50.000 habitantes, sendo a sua área de 1345 m2
(BM 3) nos concelhos mais de 50.000 habitantes, sendo a sua área de 1900 m2

É de notar, que é essencial que a biblioteca tenha uma localização central e acessível, bem integrada na rede urbana e que seja um “local” de referência.

No site oficial do IPLB, a DGLB concede apoio técnico e financeiro, num montante até 50% do respectivo valor, à criação de bibliotecas públicas em todos os concelhos do país. Dos 308 concelhos existentes, em Portugal, 261 integram a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Destes, 158 abriram já ao público (Novembro de 2007) - as suas Bibliotecas Municipais e as restantes 103 Bibliotecas encontram-se em diferentes fases de instalação[1], por isso a grandeza da rede já ultrapassou os 50% do municípios do território português.

As bibliotecas dispõem de diversas áreas diferenciadas de utilização pública e de livre acesso para leitura, audição e visualização. Estas secções espelham e acompanham as correntes actuais de interesse, não só no campo da Literatura mas também na área da Ciência, Arte e investigação; proporcionam um espaço polivalente (de animação, exposições, entre outras actividades) e contribuem para a auto-formação e ocupação de tempos livres.

A crescente importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) nas bibliotecas, quer como ferramentas para diminuir o esforço e melhorar a qualidade dos serviços prestados, quer como meios de comunicação e acesso a recursos de informação.

A informatização das bibliotecas da RNBP é objecto de um Projecto Informático (PI), de acordo com recomendações do IPLB. Para o IPLB, as áreas prioritárias de aplicação das TIC às bibliotecas são:
· automização das funções biblioteconómicas tradicionais (catalogação; consulta do catálogo; circulação e empréstimo; estatística; e gestão de publicações periódicas);
· acesso à Internet; e
· acesso em rede a informação em DVD/CD-ROM.
Posteriormente, a biblioteca deverá promover outros serviços específicos, tais como:
· disponibilização de conteúdos na Internet;
· auto-aprendizagem, aprendizagem ao longo da vida e aprendizagem à distância suportada por tecnologias de Videoconferência;
· desenvolvimento de serviços online dirigido a utilizadores remotos; e
· desenvolvimento de serviços dirigidos a utilizadores específicos.

Paralelamente, são desenvolvidos projectos informáticos que visam melhorar a qualidade de gestão, automatizar funções e proporcionar novos serviços aos utilizadores da Biblioteca, recorrendo a novas tecnologias.

[1] Fonte: http://www.iplb.pt/pls/diplb/!main_page?levelid=20

Biblioteca Pública

O conhecimento é o factor competitivo crucial na Sociedade de Informação. A relação Sociedade – Informação é cada vez mais importante na medida em que assistimos a uma constante revolução tecnológica “digital” estando presente no nosso dia-a-dia. A Biblioteca Pública proporcionará novas oportunidades de progresso e evolução que permitirá aos cidadãos uma participação mais activa e expressiva.

Assim, é necessário dispor o acesso democrático a toda a informação, oferecer oportunidades de aprendizagem, garantir a informação do cidadão, garantir o acesso a equipamentos e sistemas informáticos e salvaguardar a identidade cultural num mundo em rápida mudança.

As Bibliotecas Públicas, tradicionalmente, têm sabido dar resposta. No entanto, os novos desafios são avassaladores e a mudança é fundamental!

Segundo a UNESCO, no Manifesto sobre Bibliotecas Públicas, de 1994, as Bibliotecas Públicas são “o centro local de informação, tomando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros”. No Manifesto destacam-se missões chave da Biblioteca Pública - alfabetização, educação e cultura – e salientam-se os seguintes objectivos:[1]

· criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;
· apoiar a educação individual e auto-formação, assim como a educação formal a todos os níveis;
· assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
· estimular a imaginação e criatividade das crianças e jovens
· promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e realizações e inovações científicas;
· possibilitar o acesso a diferentes formas de expressão cultural das artes do espectáculo;
· fomentar o diálogo inter-cultural e, em especial, a diversidade cultural;
· apoiar a tradição oral;
· assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade local;
· proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações e grupos de interesse;
· facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a informática; e
· apoiar, participar e, se necessário, criar programas e actividades de alfabetização para os diferentes grupos etários.

É de salientar que, em 1996, a Biblioteca Pública em Portugal tinha um impacto social que era revelador da lacuna social e cultural que representava a sua ausência.
Por outro lado, o bibliotecário era o elemento chave no papel desempenhado pela Biblioteca. No entanto, nem todas as autarquias revelavam a mesma sensibilidade para compreender a acção da Biblioteca. Os custos da Biblioteca não eram vistos como investimentos mas, quase sempre, apenas como despesas que deveriam ser reduzidas ao mínimo. Os recursos informáticos para gerir a Biblioteca eram limitados e raros os acessos a ligações a redes de informação.

No relatório das Bibliotecas Públicas em Portugal, de 1996, é “imaginado” o papel das Bibliotecas Públicas em Portugal no ano 2000. Neste relatório destacam-se vários aspectos importantes para o bom desempenho do papel da Biblioteca Pública, dos quais destaco: Educação; Aspectos Estruturais/Administrativos; Informatização; Descentralização; Aspectos Sociológicos.[2]

A Biblioteca Pública é vista como uma instituição que desempenha uma variedade de papéis fundamentais na implementação da Sociedade de Informação, de acordo com as várias necessidades locais. Estabelecesse um acesso livre a todo o material informativo, que suporta a educação e aprendizagem e dispõem meios tecnológico-informativos avançados.

Nos dias de hoje, a Biblioteca Pública é mais dinâmica. A sociedade e os dirigentes acreditam na oferta de serviços eficientes em resposta às exigências da Sociedade de Informação e dos seus utilizadores.

No entanto, algumas das Bibliotecas Públicas continuam desactualizadas. É importante redefinir o seu papel e estabelecer estratégia. Assumir o desafio face a exigências sempre em mutação.

É necessário assumir a Biblioteca Pública como uma instituição sócio-cultural!

BLOG



Um Blog é um registo cronológico, pode ser actualizado diariamente, é elaborado por opiniões, emoções, factos, imagens, relatos, testemunhos reais ou ficticios, bem como outro tipo de conteúdo que o autor ou autores queiram disponibilizar.Geralmente um blog é designado comi um "Diário Pessoal", mas na verdade um blog pode ser muito mais, pode ser usado com cariz informativo sobre determinado assunto, utilizado como ferramenta de tarbalho por docentes e alunos nas várias disciplinas.Um blog é sem dúvida um ferramenta cada vez mais utilizada no nosso dia à dia, promovendo o conhecimento, divulgação da informação e troca de opniões na esfera tecnológica.

Bibliotecas digitais


As bibliotecas digitais são organizações que oferecem recursos, incluindo recursos humanos, destinados à selecção, estruturação, disponibilização de acesso intelectual, interpretação, distribuição e conservação da integridade de documentos sob a forma digital.
Uma biblioteca digital garante igualmente um acesso imediato, em tempo real, às obras electrónicas que assim são disponibilizadas com maior facilidade e menos custos a um ou vários públicos específicos
.”

Cleveland, Gary - “Digital Libraries: definitions, issues and challenges”. IFLANET,
UDT Occasional Paper, n.º 8, Mar. 1998.

SABE - Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares

Ao Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares, compete:
- apoiar as bibliotecas escolares, estimulando a sua criação onde não existam ou acompanhando o desenvolvimento das existentes;
- promover a articulação das bibliotecas escolares com as outras bibliotecas do concelho, procurando formas de cooperação e rentabilização de recursos;
- fornecer recursos físicos e de informação às bibliotecas escolares, nomeadamente às escolas de menor dimensão, e apoiar projectos específicos;
- prestar colaboração técnica às escolas no domínio da organização, gestão e funcionamento das bibliotecas escolares;
- participar na formação contínua dos profissionais envolvidos no serviço de bibliotecas escolares;
- apoiar o uso eficaz dos recursos, através do aconselhamento na selecção dos recursos ou no desenvolvimento do serviço de biblioteca.

Rede Bibliotecas Escolares


Surgiu no ano lectivo de 1996/97, em resultado da publicação do relatório Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares que define as bases e os princípios gerais para a constituição e funcionamento das Bibliotecas escolares.

A criação de uma rede de bibliotecas escolares, assumida como política articulada pelos Ministérios da Educação e da Cultura, visa responder a uma necessidade enunciada desde meados do século passado.