sábado, 29 de dezembro de 2007

Bibliotecas Digitais Internacionais

Conhecemos algumas bibliotecas digitais de maior ou menor dimensão, antevemos a sua importância e influência no futuro próximo no papel que vão desempenhar na salvaguarda e divulgação do património mundial, no aprofundamento do acesso democrático e universal ao conhecimento e sabemos do muito que é necessário fazer para que constituam de facto um verdadeiro repositório da memória colectiva universal, libertas de condicionalismos de qualquer ordem.

Duas iniciativas de âmbito internacional, uma ao nível da Europa e outra mundial, abrem caminhos novos à compreensão da humanidade na sua globalidade, diversidade e identidades específicas históricas, culturais, sociais, religiosas...

- Uma Resolução do Parlamento Europeu, de 27 de Setembro de 2007, sobre "i2010: Bibliotecas digitais" - Recomenda a criação, por fases, de uma biblioteca digital europeia, que sirva de ponto de acesso único, directo e multilingue ao património cultural europeu (texto da resolução disponível em http://www.europarl.europa.eu)

- A 17 de Outubro a UNESCO e a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos decidiram unir esforços para criar uma biblioteca digital mundial com o objectivo de disponibilizar na Internet, gratuitamente, documentos raros, em todos os suportes, nas seis línguas oficiais da ONU (árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol) assim como em português (texto do comunicado disponível em http://portal.unesco.org)


Fonte: http://rbe.blogspot.com/

Bom Ano 2008

Desejamos a todos os bloguistas e colaboradores um Santo Ano 2008.
Cheio de realizações. :)

Biblioteca digital europeia: o património cultural europeu num clicar de dedo


A Europa vive numa sociedade de informação multilinguística e cada vez mais baseada na Internet. Os europeus vêm televisão e fazem compras on-line. O ciberespaço transformou-se num espaço cultural e educacional. Alguns mapas, manuscritos, discursos e vídeos históricos já estão digitalizados e disponíveis on-line, mas o PE gostaria de ver todo património cultural europeu preservado para as gerações futuras e simultaneamente acessível a todas as pessoas, através de um clicar de dedo.

Artigo completo disponível em
http://www.europarl.europa.eu/

As mudanças das tecnologias e dos utilizadores de bibliotecas mudarão a biblioteconomia?

O espaço da biblioteca está-se a transformar. A “Aquisição-catalogação-circulação” transforma-se num novo modelo de “Integração-gestão-análise”.
O conteúdo e os serviços da biblioteca irão/deverão aparecer em espaços além da biblioteca (ex. internet, aplicações administrativas [office], sistemas de aprendizagem de administração) para satisfazer as demandas dos utilizadores.

Espaços além da biblioteca vão informar os espaços de biblioteca e vice-versa muito mais no futuro do que já ocorreu no passado. Como exemplo, os editores, livrarias, catálogos de biblioteca começam a mostrar a convergência entre qualidades e conteúdo (ex. conteúdo enriquecido, capas protetoras, tabela de conteúdo) e uma qualidade comum crescente, normalmente expressa em forma e conteúdo.


Existem três áreas principais de potencial mudança:
1.Mudanças na tecnologia das bibliotecas;
2. Mudanças na biblioteconomia – o que os bibliotecários vão fazer no futuro;
3. Mudanças nos utentes de bibliotecas.

Provavelmente, “as pessoas continuarão a pedir ajuda, e os bibliotecários vão continuar a ajudá-los”. Segundo Rachel Walden, os bibliotecários de pesquisa possuem um significante papel na maximização do tempo dos pesquisadores assistindo-os com buscas e filtragem para encontrar os melhores e mais relevantes estudos. Também assume que os pesquisadores:

1) preferem fazer suas próprias pesquisas;
2) possuem tempo para realizar suas próprias pesquisas;
3) são no mínimo tão capazes quanto os bibliotecários profissionais treinados para encontrar materiais relevantes.

Talvez exista uma grande separação, já que se diz que “as mudanças na tecnologia (especificamente conteúdo digital e Internet) são uma ruptura transformadora das atividades das bibliotecas, tendo em conta que a nova geração (jovens nascidos ou que fazem parte do contexto social referente ao novo milénio) estará mais inclinada a interagir diretamente com serviços de tecnologia ao invés de usar intermediários”. Pelo lado dos bibliotecários, diz-se que “a tecnologia pode adicionar algumas capacidades interessantes para nós em favor da interação com os utilizadores, mas fundamentalmente nossos trabalhos continuarão os mesmos”.

Aqui ficam algumas questões:
Então, de que forma a transformação tecnológica nas bibliotecas está relacionada com as mudanças na biblioteconomia?
De que forma os pesquisadores da nova geração vão eliminar a necessidade de um profissional bibliotecário, e de que forma eles desejarão servir-se a si próprios, ao acessar diretamente à tecnologia da biblioteca?


Fonte: http://extralibris.info

A biblioteca universal na sociedade da informação

No link abaixo indicado, um artigo do António Fidalgo, onde remete para a sua opinião pessoal das bibliotecas no âmbito da sociedade da informação

Acesso ao artigo

Biblioteca

Biblioteca está relacionada com um conjunto de informação, bem como as estruturas e serviços, como sendo Biblioteca Pública, Municipal, Digital, Especializada, Escolar, Itinerante, Nacional, etc., seja qual for o seu nome tem como missão principal difundir e conservar a informação seja qual for o seu tipo de suporte, cada uma destas bibliotecas devem fazer o seu tratamento documental, conservação e divulgação dos mesmos, visando a satisfação das necessidades dos utilizadores no que respeita à informação, investigação, educação, lazer e usufruto cultural.
Cada uma tem a sua função, finalidade e utilizadores diferentes.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Biblioteca Digital Mundial

No passado dia 17 de Outubro, o Director-Geral da UNESCO, Sr. Koïchiro Matsuura e o Sr. James Billington, da Biblioteca do Congresso, participaram na apresentação oficial da Biblioteca Digital Mundial – World Digital Library.

A Biblioteca Digital Mundial disponibilizará, de forma gratuita e em formato multilingue, materiais raros e únicos que reflectem o património cultural de todos os países. Estes materiais incluem livros raros, mapas, manuscritos, filmes e fotografias, gravações e pautas musicais. Estes conteúdos serão seleccionados por comités internacionais de bibliotecários, investigadores e conservadores.


Para mais informação e visualização do vídeo promocional do projecto da Biblioteca Digital Mundial entre em http://www.worlddigitallibrary.org/project/english/video.html

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O livro na sua época

Todas as obras reflectem a vida da época em que é executada, então também os livros são história, educação aprendizagem, informação e se informação gera informação então também são futuro, porque foi através do conhecimento que eles nos transmitiram que produzimos novos conhecimentos , ora conservando o passado estamos ao mesmo tempo a preservar o futuro.

Foram as ordens monásticas que deram uma forte conotação espiritual à leitura, conservando também a cultura clássica e a criar as bases do ensino da leitura e da escrita.

O livro torna-se símbolo do saber e prosperidade e também de poder.

Perservar a memória

Desde muito cedo que o homem tentou registar os seus conhecimentos para os transmitir. Desde as tabuínhas de argila em hieroglifos, passando pelo papiro, pelo pergaminho, mais recentemente pelo papel até ao livro electrónico, aqui se preserva a memória do mundo.

Preservada através da escrita, ao longo dos séculos, foi-se alicerçando, enraizando e transformando-se numa fonte de aprendizagem, de satisfação e prazer que é a leitura, indispensável à condição humana e desenvolvimento social.

É este estranho poder de sedução e ódio que os documentos e livros produzem em nós, sedução pelo prazer que nos dá ler uma dessas relíquias do nosso passado quer longínquo, quer por vezes bem próximo, e ódio porque tantos os destruíram, o queimaram, o blasfemaram, como seja a inquisição, o nazismo, o regime fascista que perdurou no nosso país, onde a censura eliminou tanto do nosso conhecimento e história e, porque sendo a memória do mundo também são a nossa memória, não deveríamos pensar melhor em restaurar o passado, conservar o presente para preservarmos o futuro e transportarmos todo este conhecimento até às gerações vindouras?

Desenvolvimento de bibliotecas

O desenvolvimento de bibliotecas, como as de Alexandria, no Egipto, e a de Bizâncio em Constantinópola, atestaram a crescente expansão do pergaminho como suporte da escrita tendo contribuído imenso para a sua preservação e divulgação dos manuscritos antigos (Iluminuras).
A própria Igreja Católica muito contribuiu para a preservação da cultura do mundo clássico, transformando os mosteiros em centros de difusão religioso-cultural, onde os copistas reproduziam os manuscritos, tendo um historiador recente afirmado “a cultura foi uma ampla sucessão de copistas. Sobre o pergaminho e, mais tarde, sobre o papel, ouviu-se sempre o ruído subtil de um instrumento riscando a superfície original de uma folha em branco. Chegam até nós as vozes cansadas dos copistas quando ainda tinham de cumprir a sua penosa tarefa, passando o limite do crepúsculo com falta de luz”.[1]
[1] http://educaterra.terra.com.br/literatura/temadomes/temadomes_livro_3.htm